segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Salto

Salto é um dos 67 municípios paulistas considerados estâncias turísticas pelo Estado de São Paulo, por cumprirem determinados pré-requisitos definidos por Lei Estadual. Tal status garante a esses municípios uma verba maior por parte do Estado para a promoção do turismo regional. Também, o município adquire o direito de agregar junto a seu nome o título de Estância Turística, termo pelo qual passa a ser designado tanto pelo expediente municipal oficial quanto pelas referências estaduais.

Dialeto

Dialeto pode ser definido como a variedade regional, social ou etária de uma língua. Por exemplo, cada região do Brasil (norte, sul, sudeste, nordeste, centro-oeste) fala o português de um modo diferente, adaptado aos costumes de cada um.
Salto não é diferente, também tem seu dialeto próprio. Alguns exemplos vão ajudá-lo a conhecer esse dialeto:
- Oi (cumprimento) = Ó
- Cachorra (pronúncia) = "Cachórra"
- Leite (pronúncia em São Paulo: "leiti") = Leite (t como em tatu)
- Letra R = "puxa" o R. Ex.: porta = porrrta
Obs.: Esses são os mais usados.

Opiniões e sentimentos

Foram entrevistadas cincos pessoas, para as quais perguntamos o que achavam a respeito da cidade de Salto. A opinião geral foi:
"Salto é uma cidade muito pacata, comparada às cidades grandes, e seus habitantes são muito acolhedores. Não há muitas notícias de casos extremos de violência, tornando-a uma cidade quase segura.
Com relação à vida noturna, há pouca opção: ou se vai tomar sorvete na Praça XV ou se vai andar no shopping center (que, de tão pequeno, é considerado uma galeria pelos moradores); as pessoas preferem ir a outros locais com mais atrativos, como Itu, Indaiatuba, Sorocaba, Campinas etc..
Há mais casas que prédios na cidade e os habitantes são muitos religiosos. O comércio é mais lento que São Paulo, por exemplo, e fecha cedo, o que torna Salto uma típica cidade do interior.
Apesar de tudo, Salto é muito boa para se viver, já que mais tranquila e hospitaleira que uma cidade grande. Além de ser considerada estância turística também.
Não trocaríamos essa cidade por nada."

Costumes

Costume pode ser definido como um hábito comum aos membros de um grupo social. Resulta da prática de preservar as idéias e ações, de geração a geração. E, como todas as cidades, Salto também tem seus costumes.
Durante os fins de semana, o ponto de encontro entre os jovens é a Praça XV de Novembro, localizada no centro da cidade. Lá, podem optar por tomar sorvete/mikshake, comer um salgado, ir à pizzaria, entre outras coisas.
Por ser uma cidade relativamente pequena no interior do estado, a maioria dos habitantes se conhecem. No verão, ficam sentados na calçada, conversando sem preocupação.
A religião também tem presença forte, principalmente a Católica. A maioria da população acompanha as datas festivas da Igreja, com procissões e campanhas. Em certas comemorações, é até concedido feriado a esses dias (ex.: Dia da Padroeira, Corpus Christi, Semana da Páscoa, Natal, etc.).
O comércio da cidade é mais lento do que o de outras maiores. O dia de trabalho inicia geralmente às 8:00 e termina às 18:00 durante a semana. No sábado, inicia às 8:00 e termina às 12:00. E , no domingo, não se trabalha.
É uma boa cidade para se morar!

Manifestações artísticas

CARNAVAL

O Carnaval em Salto conta com apresentação de Escolas de Samba locais e convidadas, Bailes Populares e Concurso de Fantasias.O destaque desse evento são os chamados Bonecões da Barra. Constituem uma das mais expressivas tradições do carnaval desde meados do século XX. Essas criações – enormes e engraçados bonecos “dirigidos” por homens que ficam dentro deles - nasciam das mãos de populares, que moravam ou se reuniam na Barra, um simpático e pequeno bairro localizado junto à confluência dos rios Tietê e Jundiaí. Atualmente são confeccionados próximos ao Bairro da Barra, satirizando figuras locais e nacionais.
FESTA ÍTALO-SALTENSE

Homenagem à presença italiana em Salto, marcante nas diversas áreas das artes. Busca mostrar a influência dessa cultura na formação da cidade. Dança com muita música italiana é o ponto alto da festa, pois os shows iniciam desde a abertura dos portões. A festa Ítalo-Saltense aborda também o caráter social, uma vez que conta com a participação de instituições beneficentes e associações do município, ficando por conta delas as barracas de comidas e bebidas típicas. Em todas as edições funciona um restaurante no recinto da festa.O local da festa não é fixo. Acontece todo mês de junho, em que se comemora o aniversário da cidade.

PAIXÃO DE CRISTO
A encenação da “Paixão de Cristo” é um evento turístico-cultural, com participação de atores, bailarinos e voluntários da comunidade. É um espetáculo estilizado, apresentado no Sábado e Domingo de Ramos, considerado um dos melhores espetáculos do País. 300 atores da cidade participam do espetáculo, que está entre os maiores do Brasil. Turistas de várias cidades se deslocam até Salto para assistir a encenação todos os anos.Local: Praça Archimedes Lammoglia Concha Acústica – Centro.


SALTO FASHION
É o maior evento de moda da região e acontece todos os anos em meados de maio.Faz parte do calendário municipal de eventos e é uma produção de uma agência de modelos, e tem o apoio da Prefeitura da Estância Turística de Salto por meio da Secretaria de Cultura e Turismo e da Secretaria de Obras e Serviços Públicos. Não tem local fixo.

FESTA DO SALTO

Festa em homenagem à padroeira da cidade de Salto, Nossa Senhora do Monte Serrat. Acontece desde 1698, ano da fundação da cidade de Salto, porém ocorre nas primeiras semanas de setembro, mês no qual se comemora o dia (08) dessa Virgem Santa.Apresentação de shows musicais; quermesse barracas de comes e bebes; artesanato e parque de diversões, além da programação religiosa, de competência da paróquia.Local: Praça das Bandeiras Praça Antônio Vieira Tavares – entorno da Igreja Matriz de Nossa Senhora do Monte Serrat – Centro.

FESTA DO FOLCLORE

Festa que acontece no mês de julho, em parceria entre a Secretaria da Cultura e Turismo e a Secretaria da Educação. É organizada em função do folclore das diferentes regiões brasileiras e busca reviver antigas tradições por meio da culinária, da dança, dos folguedos, dos cantos, dos contos de histórias e lendas.Local: Praça Archimedes Lammoglia Concha Acústica – Centro.

EXPOSIÇÃO DE ORQUÍDEAS

Encontro de orquidófilos de Salto e região para exposição, concurso e vendas de orquídeas e plantas dessa família.Evento tradicional, que acontece há vários anos, no mês de novembro e tem apoio da Prefeitura, por meio da Secretaria da Cultura e Turismo. Não tem local fixo.


PRÊMIO MOUTONNÉE DE POESIA
Evento de abrangência nacional, ocorre no mês de julho há mais de 8 anos. Tem a missão de revelar novos poetas, valorizar o gênero poético e incentivar talentos literários. Divulga, por intermédio do concurso, uma raridade geológica existente na Estância Turística de Salto: a Rocha Moutonnée um granito cuja superfície, testemunha a passagem das geleiras, na era das glaciações, há cerca de 270 milhões de anos. A rocha é tombada pelo Condephaat e localiza-se num parque municipal, especialmente criado para sua preservação. A premiação é feita nesse local.

FESTIVIDADES DE NATAL E FINAL DE ANO

Evento que já se consolidou como tradicional da cidade, haja vista a enorme variedade de espetáculos de música e dança, concursos, concertos, encenações de presépios vivos que se desenvolvem por duas semanas que antecedem a data do Natal. Merece destaque especial o desfile de carros alegóricos e outras alegorias de solo em que participam escolas, instituições, indústria e comércio. As ruas principais são totalmente iluminadas e decoradas para essa festividade. Em dezembro, todos os anos.


COMPANHIA DE DANÇA FACES OCULTAS
Criada em maio de 1997 por bailarinos e pessoas interessadas, tendo a frente o coreógrafo e bailarino, Arilton Assuncao, ao longo desses 10 anos de existência, a companhia esteve presente nos principais festivais de dança do país. Possui em seu repertório, vários trabalhos de dança contemporânea, acumulando, aproximadamente, mais de 230 prêmios.
Busca diferenciar os padrões tradicionais de ensino das academias, priorizando a pesquisa e concepções coreográficas, não esquecendo da importância da base clássica para todo tipo de dança.
A Companhia procura desenvolver uma linguagem própria de dança contemporânea, com aulas de ballet clássico, expressão corporal, condicionamento físico, dança moderna, contemporânea e contato-improvisação. Conta com professores e coreógrafos convidados e fixos.

ARTESANATO

O artesanato, antigamente, era considerado como o próprio trabalho manual ou a produção de um artesão. Porém, com a mecanização da indústria, o artesão passa a ser aquele que produz objetos pertencentes à chamada cultura popular.
Uma das atividades mais praticadas em Salto é o artesanato. Os pricipais tipos de artesanatos confeccionados na cidade são: pintura em tela, pintura em madeira, biscuit, mosaico e desenho.

Produto Típico - Empada Frita


A data de origem da receita da Empada Frita de Salto permanece incerta. O que se sabe é que, na década de 1940, as empadeiras (sendo Dona Nena - ou Diamantina Andriolli - uma das mais conhecidas) preparavam esses quitutes. Vendidas por meninos nas ruas de Salto, eles levavam as empadas ainda quentes em cestos de vime. Ao longo do século, desenvolveu-se o hábito de abastecer os bares e lanchonetes da cidade e atender encomendas para festas e outros eventos.

Muitas mulheres de Salto são empadeiras e deve-se a elas a sustentação - até os dias de hoje - de uma tradição local, haja vista que a empada frita só é encontrada nesta cidade.

Por se tratar de uma tradição culinária tipicamente saltense, com uma considerável clientela de apreciadores a Empada Frita foi declarada bem de valor cultural para a comunidade local.


O que é esse delicioso quitute saltense?


Com o tempo, a receita da empada frita foi passando das empadeiras para as aprendizes e dessa forma foi expandindo o seu preparo por várias senhoras de Salto, que seguem basicamente a mesma receita, cuja massa leva:
- Farinha de trigo;

- Água;

- Sal;

- Fermento;

- Gordura;

- Um pouco de cachaça.

Os recheios mais tradicionais são o frango e o palmito, mas se faz também com camarão e bacalhau. Hoje, além dos recheios tradicionais, há também outras novidades criadas pelas empadeiras, como a de brócolos com queijo, e as empadas doces de banana ou maçã com canela, que são servidas como sobremesa.


Não se esqueça de prová-las!!!

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Dados Geográficos


Localização:
A cidade de Salto está ligada às maiores cidades do Estado de São Paulo e do país por modernas rodovias: Castelo Branco, Bandeirantes, Anhanguera, Santos Dumont, Marechal Rondon, Rodovia do Açúcar. Está localizada a 100 km da capital do Estado.
* Importante nesse contexto é a implantação do projeto da construção da hidrovia Piracicaba-Rio Paraná, por meio do Rio Tietê, o que facilitará ainda mais a logística da região.

Clima:
Sua altitude média é de 5123 metros e o clima em geral é quente, sendo seco no inverno. A média das temperaturas máximas é de 32 graus e a média das mínimas, 14 graus.

População:
O número de habitantes da cidade de Salto/SP é em torno de 110.580 habitantes. (numero estimado até 2010).

Principais atividades produtivas:
Salto é um dos municípios com maior arrecadação da região de Sorocaba, nas áreas federal, estadual e municipal, tendo em vista os grandes números de indústrias.
A agricultura em Salto não é expressiva. Existe apenas cultura temporária de batata, feijão, tomate, soja, milho, arroz e cana de açúcar.
Na pecuária existe um haras de criação de cavalos, pequenos rebanhos e expressivas e bem cuidadas criações de suínos.
Em destaque para algumas empresas industriais: Continental Brasil Industria Automotiva LTDA, Eucatex, IKS Industria Cabos LDTA, Dynaplastic, Iber-Ollef, Arjo-Wiggs, Kanjiko do Brasil, Inferteq, Sulbras, Arch Química, Companhia Química Amparo – IPÊ.

Comércio: Lojas Cem, Casas Bahia, Magazine Luiza, Carrefour.

Serviços: NutriPlus, Auto Ônibus Nardelli, Ceunsp – Centro Universitário N.S. do Patrocínio, UniSant´Anna, Objetivo, Wizard, Microcamp, Microlins.

População Economicamente Ativa (2005):
PEA – 46.000 habitantes.

O IDHM (Índice de Desenvolvimento Humano Municipal) de Salto:
O IDHM, segundo fonte do IBGE de 2000, é de 0,809, colocando o município no 112° lugar no ranking dos municípios.


História da cidade

- Fim do século XVII: habitam a margem direita do rio Tietê, nas imediações da cachoeira, os índios Guaianazes.
- 1695: o Capitão Antônio Vieira Tavares, que adquiria as terras por duas escrituras de cartas, sesmarias e confirmações, recebe provisão para poder erguer em seu sítio ("Cachoeira") uma capela, que levou três anos para ser terminada.
- 1670: o Capitão Antônio Vieira Tavares doa à Capela suas terras localizadas nas proximidades, seus escravos e seus gentios.
- 1698 - Salto é fundada; o Vigário de Itu, Dom Manuel da Costa Carneiro, benze a capela e assinala seu adro.
- 1712: falece o Capitão Antônio Vieira Tavares, fundador da cidade.
- 1846: D. Pedro II visita a cidade pela primeira vez.
- 1856: a estética do lugarejo começa a se modificar com a realização do primeiro levantamento topográfico e estabelecimento do primeiro plano oficial para o arruamento.
- 1857: Salto conta com várias casas em algumas firmas comerciais e uma pequena indústria de velas de cera.
- 1874: Salto recebe a visita do Conde D'Eu.
- 1875: D. Pedro II visita a cidade pela segunda vez.
- 1876: iniciam-se os trabalhos de construção da estrada de ferro e José Galvão da França Pacheco, constrói uma fábrica de tecidos de algodão, que foi a precursora das indústrias mecânicas na Província de São Paulo, empregando no início 100 pessoas.
- 1880: surge outra fábrica de tecidos, propriedade do Dr. José Francisco de Barros Junior.
- 1882: inaugura-se a tecelagem da fábrica de Barros Jr., com máquinas vindas da Europa.
- 1885: Salto é elevada à categoria de Freguesia.
- 1889: Salto é desmembrada de Itu. Cria-se o município de Salto.
- 1890: a cidade passa a ter iluminação pública a lampião.
- 1906: Salto é elevada a categoria de cidade, porém ainda se chamava "Salto de Itu".
- 1907: é inaugurado o novo serviço de iluminação pública elétrica. É também dotada de ligação telefônica.
- 1913: é construído o primeiro estabelecimento de ensino da cidade, o Grupo Escolar "Tancredo do Amaral".
- 1917: a cidade só deixa de chamar "Salto de Itu" e, por lei, passar a chamar-se apenas Salto.
- 1919: Salto começa a ser considerara uma cidade industrial depois da instalação da Brasital S/A, à qual seguiram-se outras indústrias de médio porte.
- 1931: major Garrido institui o brasão de armas de Salto.
- 1932: é iniciado o serviço de calçamento nas principais ruas.
- 1935: um pavoroso incêndio destrói a Igreja Matriz de Nossa Senhora do Monte Serrat.
- Década de 50: o município cresce no setor industrial, com a instalação de novas fábricas na margem esquerda do rio Jundiaí.
- 1966: é instalada mais uma paróquia em Salto, a segunda da cidade, São Benedito. Foi seu primeiro vigário o cônego Gastão Oliboni, da Ordem Presmonstratense. Em julho desse ano, as ruas recebem arborização e é instalada a Comarca de Salto, inaugurando-se seu Fórum na Rua 09 de Julho (atual prédio da Prefeitura). Foi seu primeiro Juiz de Direito, o Dr. Adalberto Denser de Sá.
- 1968: cria-se a bandeira do município.
- 1969: formatura da primeira turma de professores da Escola Normal de Salto.
- 1969: instala-se uma circunscrição de Trânsito em Salto.
- 1969: realiza-se o primeiro júri da Comarca.
- 1970: a Câmara Municipal de Salto mudou-se para prédio próprio, na Av. D. Pedro II, 385. Antes disso, ocupava o pavimento térreo do prédio do Sindicato dos Mestres e Contramestres.
- 1973: são inaugurados os primeiros telefones automáticos da cidade.
- 1975: o prédio que abrigaria a Delegacia de Polícia e a Cadeia Pública de Salto, é inaugurado.
- 1976: inauguração do prédio do Fórum da Comarca, localizado na Av. Dom Pedro II, onde antes existiram a delegacia de Polícia e Cadeia.
- 1978: a Prefeitura muda-se para a Vila Nova, ocupando, o prédio que servira de sede do Fórum.
- 1981: no aniversário de Salto, é feito o translado dos despojos do fundador da cidade, do cemitério da igreja dos Franciscanos de Itu para a cripta existente no Monumento à Padroeira, nas Lavras.
- 1983: a Coletoria Federal, que funcionava em Salto desde o começo do século, é desativada.
- 1985: a FEPASA (Ferrovia Paulista S/A) inaugura o trecho entre as estações de Itu (no Guaraú) e Salto (no Guarujá). A antiga estação ferroviária de Salto é desativada.
- 1986: nossa Delegacia de Polícia é elevada de 3ª para 2ª classe.
- 1987: é inaugurado o novo prédio do Hospital Municipal Nossa Senhora do Monte Serrat, no Jardim Celani, em terreno doado ao município pela família proprietária da área.
- 1988: é inaugurado o Terminal Rodoviário de Salto; foi construído em terreno da ex-chácara Vendramini.
- 1989: Terminal Rodoviário começa a funcionar. No mesmo ano, comparece a Salto, , o presidente do Tributal de Justiça do Estado, o Dr. Nereu César de Moraes, para presidir a solenidade de instalação da 2ª Vara Judicial de Salto.
- 1999: a cidade de Salto é elevada a categoria de Estância Turística, por aprovação do Governador do Estado.

Rio Tietê

O rio Tietê nasce na Serra do Mar em Salesópolis (SP) e deságua no rio Paraná, em direção ao interior. Foi muito importante para os Bandeirantes, vinham das cidades litorâneas, pois era pelo rio que desbravavam os sertões do Estado e do País, além de também possibilitar a pesca (já que antes o rio era limpo).
O rio Tietê em nossa região é muito acidentado, pois estamos sobre uma faixa denominada fall-line (linha de queda). Neste local, o rio Tietê, apresenta sua maior queda d'água. No século XX, todos viajantes que passavam pelas cidades de São Paulo e Itu e vinham a “Salto de Itu” para ver a cachoeira. O imperador D. Pedro II visitou a cachoeira por duas vezes. Nossa cidade se chama Salto devido a esta cachoeira.
Este mesmo acidente geográfico também deu o nome a cidade vizinha de Itu, que em tupi-guarani significa “salto”. A cidade chamou “Salto de Itu” até 1917, quando fora tirado o aposto Itu do nome de nossa cidade.

Pontos turíticos

COMPLEXO DA CACHOEIRA
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Um dos mais antigos atrativos turísticos do Estado de São Paulo foi revitalizado e devolvido à população. Devido às intervenções, turistas e moradores voltaram a desfrutar desse patrimônio arquitetônico e paisagístico de grande valor histórico, que faz parte do Roteiro dos Bandeirantes. O local abriga também o Memorial do Rio Tietê, o mais completo museu voltado ao rio.
Formada entre 65 e 30 milhões de anos, a cachoeira do complexo é a maior queda d’água no leito do rio Tietê. Batizada pelos índios guaianazes de Ytu-Guaçu, que em português significa Salto Grande, a cachoeira deu origem ao nome da cidade. No seu entorno, reúne um conjunto de atrativos como o Memorial do Rio Tietê, a Ponte Pênsil, o Mirante, a antiga Brasital, o Caminho das Esculturas, o Jardim e a Ilha dos Amores e a Concha Acústica.
A partir da década de 70, o complexo sofreu as conseqüências do deslocamento do eixo econômico do município para outras áreas, do vandalismo e do desgaste natural.

A revitalização
Para recuperar o espaço, a Prefeitura de Salto investiu cerca de R$ 1 milhão e contou com o aporte de R$ 800 mil da Petrobrás, por meio da Associação Cultural de Salto. As obras duraram cerca de dois anos.
Entre as atrações que passaram por intervenções está a pequena Ilha dos Amores, um recanto poético e romântico localizado logo acima da cachoeira. A ilha recebeu esse nome porque no passado muitos casais tinham o hábito de permanecer ali para namorar.
Memorial do Rio Tietê, um completo museu sobre o rio, ocupa o prédio onde, até o início dos anos 70, funcionava o Restaurante do Salto. Em uma ampla parede de vidro com 18 metros de extensão, o mapa do Tietê é reproduzido, da nascente à foz. Além disso, os vidros permitem uma visão privilegiada da cachoeira e da mata ciliar ao entorno. Durante a visita, painéis, monitores de computador e vídeos permitem que se faça uma viagem didática e envolvente pelo universo do rio. Há ainda um pequeno auditório no qual é possível assistir a um documentário de 30 minutos sobre o Tietê. Ao lado do memorial, foi construído um charmoso café com deck voltado para a cachoeira e, acima, o amplo Mirante foi recuperado.
Há também a centenária Ponte Pênsil, que, como os outros monumentos, foi revitalizada. Construída em 1913 para recuperar o acesso dos pescadores ao rio, ela balança sobre a margem direita do Tietê.
Do outro lado da ponte há o Caminho das Esculturas. Ali, é possível apreciar seis obras do escultor Murilo Sá de Toledo, em tamanho natural. As esculturas representam os personagens que ao longo dos séculos contemplaram o rio e a cachoeira. São eles: o índio, o bandeirante, o padre José de Anchieta, o viajante, pescador e operária. Ao longo do caminho, em meio aos jardins, painéis oferecem informações sobre cada um desses tipos humanos, o que possibilita uma aula de história ao ar livre.
Deste ponto, o visitante também pode avistar imponentes prédios que abrigaram as primeiras tecelagens de São Paulo, a antiga Brasiltal, onde hoje funciona um centro universitário.
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MUSEU

A sede está instalada no prédio construído em 1903 pela Sociedade Italiana Giuseppe Verdi. Seu acervo exibe urnas funerárias indígenas (igaçabas), pontas de flechas, maquinário das primeiras tecelagens, peças do cotidiano da cidade no início do século XX e outros objetos ligados à presença dos imigrantes italianos. Trata-se de um museu-percurso, estendendo-se pela cidade através de dois Parques (Lavras e Rocha Moutonnée) e outros pontos de referência distribuídos pelo município. .
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PARQUE DAS LAVRAS
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Lavras foi a segunda Usina Hidrelétrica construída no leito do Rio Tietê (1906). Inserida no processo de modernização do Estado de São Paulo, ela oferece uma leitura da época em que foi construída. A racionalidade e a simplicidade determinaram a utilização do granito róseo. Apesar da estética não intencional, o resultado configurou-se num belíssimo patrimônio.
Cerca de 40 anos depois de desativada a Usina, toda a área foi revitalizada através da implantação do Parque, que inclui o conjunto de edificações e uma extensa área verde dedicada ao lazer e à educação ambiental. Destaques para o Relógio Solar e Jardim das Bromélias. O Parque de Lavras, com cerca de 140 mil metros quadrados de área, compõe um dos núcleos externos do Museu da Cidade de Salto, devolvendo à cidade um memorável resgate histórico e paisagístico, além de proporcionar lazer, reflexão acerca da preservação do meio ambiente e o apelo à recuperação da vida do Rio Tietê.
No interior do Museu encontra-se a “criatura”, obra das artistas plásticas saltenses Iriana Scalet Roque e Sueli Bernadochi, elaborada com lixo retirado do Tietê e que tem a intenção de fixar, em especial nas crianças, que a questão da poluição das águas é algo que se relaciona com a própria sobrevivência humana neste planeta.
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PARQUE DO LAGO
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Com cerca de 214.000 metros quadrados, dos quais 75.100 são ocupados por um lago natural, o Parque está localizado também às margens do Rio Tietê, com entrada próxima ao entroncamento da Rodovia do Açúcar com a Rodovia Santos Dumont. O Parque do Lago tem como características principais a possibilidade da prática de esportes ao ar livre, lazer e preservação da flora e fauna típicas. Conta ainda com pista de Cooper, ciclovia, pista de aeromodelismo, quadras, play-ground, além de estacionamento e lanchonete.
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PARQUE DA ROCHA MONTONNÉE
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A Rocha Moutonnée é um granito róseo de idade estimada, cientificamente, em 500 milhões de anos. O nome Moutonnée é internacionalmente atribuído ao tipo de rocha que possui formato arredondado, lembrando um carneiro deitado (mouton, no francês, significa carneiro; moutonnée: acarneirada). As arranhaduras e estrias, produzidas durante a glaciação na era paleozóica (há 270 milhões de anos), são visíveis em sua superfície, comprovando este fenômeno da natureza e preservando seu valor geo-histórico.
O Parque Rocha Moutonnée, com 43.338 metros quadrados de área, é o primeiro parque ecológico e geo-histórico do continente, e conta com completa estrutura para o estudo e para o lazer. Foi tombado em 1990 pelo CONDEPHAAT (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico e Artístico do Estado de São Paulo).
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MONUMENTO À FUNDAÇÃO
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Em 16 de junho de 1698, o Capitão Antônio Vieira Tavares e sua mulher, dona Maria Leite, fizeram benzer, pelo padre Felipe de Campos, a capela dedicada a Nossa Senhora do Monte Serrat, erguida em seu Sítio Cachoeira. As terras, mais tardes doadas pelo casal à capela, viera a constituir o território de Salto.
À memória dos fundadores e de sua iniciativa ergueu-se o monumento de um grupo de cinco estátuas, criadas pelo escultor Murilo Sá Toledo, como expressão do respeito e da gratidão do povo da cidade de Salto.
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PRAÇA DO GRANITO
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Inaugurada em 21 de abril de 2007, é o elo entre o monumento à Padroeira e o Parque de Lavras. Abriga a nova portaria do Parque de Lavras. É uma homenagem aos canteiros (cortadores de pedra), que foi uma atividade intensa na cidade na primeira metade do século XX, e também mostra um pouco dos vários tipos de granito róseo que podem ser encontrados em nossa cidade.
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MONUMENTO À PADROEIRA
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Com 30 metros de altura em concreto armado, o Monumento à Padroeira foi edificado em homenagem a Nossa Senhora do Monte Serrat. É o maior monumento a Maria em todo o mundo e, no Brasil, só é menor que o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro. A imagem da ponta da cruz aos pés tem 17 metros, a base tem 5,50 metros e a rampa de acesso conta com 7,50 metros, totalizando 30 metros.
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IGREJA MATRIZ NOSSA SENHORA DO MONTE SERRAT
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Construída em 1936, ocupa o lugar onde existia a capela de 1698, que foi edificada pelo Capitão Antonio Vieira Tavares, dando origem à cidade de Salto.
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PRAÇA XV DE NOVEMBRO
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Inaugurada em 16 de junho de 1968, é uma das praças mais movimentadas da cidade. É um ponto de encontro de pessoas de todas as idades.
*Segundo os cidadãos, antes de virar praça, havia no local um cemitério. (UHUHLLL!!!)
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AVENIDA DOM PEDRO II (Convívio de Dom Pedro II)
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É uma das principais ruas comerciais da cidade e também o ponto de encontro de jovens e famílias nas noites e finais de semana, principalmente no verão. Conta com sorveterias, lanchonetes e restaurantes, formando um clima agradável para encontrar amigos e desfrutar de momentos de lazer. Foi inaugurada em dezembro de 1991.
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ESCOLA ESTADUAL TRANCREDO DO AMARAL
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Por meio de um decreto de 20 de outubro de 1913, Salto passava a contar oficialmente, com o primeiro Grupo Escolar, com a anexação de oito escolas isoladas e criando-se mais duas classes. O início de seu funcionamento deu-se no dia 28 do mesmo mês, embora a inauguração oficial só viesse a acontecer no ano seguinte. Todavia, só em 21 de abril de 1932, o vestuto casarão da Av. D. Pedro II, receberia o nome de “Grupo Escola Professor Tancredo do Amaral”, uma justa homenagem a um dos primeiros professores de Salto. Antes disso, por algum tempo foi também conhecido pelo nome de Grupo Escolar “João Pessoa”. É um patrimônio tombado pelo CONDEPHAAT em 30 de dezembro de 2002.
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PRAÇA ANTONIO VIEIRA TAVARES
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Era conhecida como Pátio da Igreja. Em 28 de maio de 1934, tomou o nome atual. Pertence ao núcleo inicial da Povoação de Salto da última década do século XVII. A demora da cidade em homenagear o seu fundador se deve ao fato de que, até as primeiras décadas do século XX, ninguém sabia ao certo quem era ele, além da dúvida de que o povoado surgira naturalmente com o agrupamento indiscriminado de gente vinda da vizinhança e de índios que habitavam a região. Livros “tombo” de igrejas serviram para desvendar esse quase mistério. Está localizada no marco zero da cidade, em frente à Igreja Matriz e do prédio da antiga fábrica Brasital.
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PRÉDIO DA ANTIGA FÁBRICA BRASITAL
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O prédio da Brasital tem estilo arquitetônico inglês, baseado em castelos medievais, tendo sido usado em sua construção o Granito Salto, o granito róseo típico de nossa região. No início do século XIX, Salto vivia basicamente da agricultura, pesca e pecuária. Na metade do século XIX, com o surgimento da ferrovia (1873), começaram a surgir as primeiras indústrias têxteis, a Júpiter e a Fortuna. Em 1904, a Júpiter e a Fortuna foram compradas pela Sociedade Ítalo-Americana.
O complexo passou a chamar-se Brasital em 1919 (o nome Brasital é a junção de Brasil e Itália). A Brasital empregou muitos imigrantes italianos e também saltenses. Na época, Salto tinha 5000 habitantes, sendo que 1300 trabalhavam na Brasital.A Brasital também foi conhecida como “mãe dos saltenses” por conceder muitos benefícios à cidade como: empregos, casas para funcionários, cooperativa, creche e convênio médico. Em 1981, a Brasital foi vendida para o Grupo Santista que atuou em Salto por mais 14 anos e em 1995 a Santista encerrou suas atividades em Salto. Em 2000 o prédio foi comprado por um centro universitário.
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MONUMENTO AOS IMIGRANTES
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Em dezembro de 1991, juntamente com o Convívio D. Pedro II foi inaugurado o Monumento aos Imigrantes. A obra, de autoria de Dionício José Manoel Freire, presta homenagem aos imigrantes europeus, principalmente os italianos, que marcaram o panorama social e cultural da cidade.

Lendas

Urubatão: figura conhecidíssima na cidade nas décadas de 1970 e 1980, Urubatão, como era popularmente chamado, nasceu em Porto Feliz e se chamava Waldomiro Corrêa da Cruz. Veio para Salto por volta de 1956. Trabalhou em diversos locais na cidade, como na serraria de Walter Carra, na Prefeitura de Salto no calçamento de ruas e na indústria Picchi. Trabalhou ainda na antiga Sorocabana, ajudando a descarregar vagões de madeira.
Era famoso por suas gargalhadas escandalosas que seguiam as piadas que sempre estava a contar. Foi dado como morto quando, em meados de 1983, desapareceu de Salto por algum tempo, publicando-se, à época, cartas lamentando sua morte nos jornais locais. Quando reapareceu na cidade, assustou muita gente. Urubatão faleceu de fato em 2002, deixando um legado de inúmeras histórias aos que com ele conviveram e diversas crônicas às quais serviu de inspiração.

Zé Batatão: seu verdadeiro nome era José Fernandes de Oliveira. Nascido em Monte Mor em 1873, ainda bem jovem veio para Salto. Casou-se com Maria Cecília de Jesus e morou sempre nas proximidades da Igreja Matriz, mas residiu por algum tempo também na Vila Vicentina. Trabalhava com a carrocinha da Prefeitura, fazendo pequenos carretos e foi de grande valia quando das epidemias que assolaram Salto em 1917, 1921 e 1924, disponibilizando sua carroça tanto para transportar vítimas da varíola e da febre amarela para o hospital de isolamento como os mortos para o cemitério local.
Foi zelador da Igreja Matriz e presença imprescindível nas procissões do Senhor Morto, como carregador da cadeira da Verônica, e nas cerimônias de lava-pés, representando um dos apóstolos. Andava sempre com um porrete de madeira que servia para dispersar a chusma de moleques que o atormentava com o apelido por ele detestado. Acabou falecendo no Abrigo de Velhos em 1964, para onde foi levado após o falecimento de Nhá Cicília. Zé Batatão foi indiscutivelmente um dos tipos mais populares que a cidade já teve.

Jacomim: outro tipo que foi muito popular em Salto e também muito ligado à Igreja, ao padre João da Silva Couto e ao Círculo Católico, foi Giácomo Guidi, o Jacomim. Freqüentador assíduo da Chácara Vendramini juntamente com o Maestro Zequinha Marques e os circulistas, era dado a fazer discursos, nos quais sempre misturava algumas palavras em latim, nem sempre corretas, assimiladas através da convivência com os padres da época.
A maior popularidade de Jacomim, no entanto, veio de um fato curioso, acontecido por volta de 1918, durante uma epidemia de gripe espanhola que atingiu a cidade. Ele adoeceu e foi dado como morto, ficando o seu corpo no velório para ser sepultado na manhã seguinte. Lá pelas tantas, eis que o rapaz, então com nove anos, aparece em casa, para o espanto geral da população da cidade. Jacomim faleceu somente aos 52 anos, na periferia de São Paulo.

Julinho: Homem que aos domingos vinha da zona rural, onde morava, para a cidade. Sempre muito sujo e maltrapilho, saboreando restos de frutas que recolhia das latas de lixo à porta das quitandas, acabou seus dias no Asilo de Velhos, onde evitava o banho e a cadeira de barbeiro.

Taragim: Tipo popular que vagava pelas ruas da cidade, o mulato João Taragim introduziu no linguajar comum de Salto uma expressão para cumprimentar as pessoas: o famoso “Ó”, que acabou virando mania dos saltenses. Trabalhou numa granja, mas não conseguia dominar o vício da bebida e, aos domingos, geralmente amarrava bebedeiras, as quais, às vezes, duravam dias a fio. Perambulava pela cidade, inofensivo, cantarolando uns versos que ficaram no folclore geral: “Taragim comeu formiga... Taragim não come mais”. Faleceu no Abrigo de Velhos.

Chicão: Chamava-se Francisco de Paula. Naqueles esfrangalhados chinelos de sola de corda, com o seu inseparável cesto de amendoins carregados por braços magros, ele encarnava um tipo engraçado por excelência. Infalível às portas dos cinemas desde os tempos do Cine Pavilhão, do Verdi, do Rio Branco e do São Bento, estava sempre apregoando o conhecido estribilho: “Torradinho... amendoim...”.

João Perna-de-pau: Sujeito que puxava a perna direita que tinha sido amputada e fora substituída por um grotesco aparelho ortopédico de madeira. Fazia carretos com sua carrocinha de mão, produto de uma subscrição popular. Morreu afogado no rio Jundiaí.

Xuxo: Era um homem manco de nascença, que arrastava suas pernas atrofiadas e estava sempre implicando com a turma de moleques que o enxovalhava.

Saladino: Era um sujeito alto, de andar compassado e olhos esgueirados. Passava temporadas em Salto, mas na realidade era de Itu. Era o terror da criançada da época. Sempre cumprimentando todo mundo, andava pelos lados da Estação, sorrindo, na sua quase demência. Gostava muito de falar sobre batalhas da Guerra do Paraguai.

Zabé: Tipo que mal conseguia articular algumas poucas palavras. Causava espanto nas pessoas da cidade quando se punha a dançar e cantar. Sempre com sua trouxa de roupas ao lado e sua inseparável marmita, vestia várias peças de roupa ao mesmo tempo: calças, camisas, blusas, meias e paletós. Dizem que teria freqüentado o Primeiro Grupo Escolar de Salto nos primeiros dias de sua instalação. Andava pelas ruas a cantarolar sempre o mesmo refrão: “Terezinha!... de Jesus!... abre a porta!... e acende a luz!” - e deliciava-se de tanto rir, vendo a garotada a sua volta a fazer roda e bater palmas para ele.

Maria da Pinga: Era uma senhora que vagava pela cidade, sem destino, sempre acompanhada de um cachorro. Levava sempre uma garrafa com pinga debaixo da axila ou dentro do bolso do casaco e, pela mão, puxava uma cordinha com uma lata velha ou uma caixa de fósforos amarrada na ponta. Ao ser avistado pelos freqüentadores dos bares da cidade, ouvia sempre a pergunta: “E aí, Maria, vai uma pinga?”

Guerino Rato Branco: Sujeito magro e muito vermelho que imitava a fala cantada dos paulistanos dos anos 30. Ao caminhar pela cidade, indagava sempre a quem passava: “Paga uma pinga aí?” Faleceu em frente à porta de um bar localizado na Vila Nova.

Bastião Raposa: Era um negro de cabelo oxigenado, sobrinho da cozinheira de uma pensão da Rua Rui Barbosa. Bastião participou da Revolução de 1932 e vivia a contar suas proezas nos campos de treinamento e de batalha.

Ferrinho: Rapaz que andava pela cidade sempre de calças arregaçadas, resmungando. Em dias de chuva, gostava de pisotear as poças De água que corriam nas sarjetas, esbravejando. Era freqüentador assíduo do Parque Infantil, aonde ia todo dia para brincar e tomar a merenda oferecida lá.

Negra Ada: Era uma negra velha que não fazia mal a ninguém. Costumava invadir o quintal das casas para apanhar frutas meio apodrecidas que caiam das árvores, das quais se alimentava.

Zé Pé-no-chão: Fazendo jus à sua alcunha, constava que Zé nunca tinha conseguido calçar sapatos. Trabalhava como pintor de painéis que eram distribuídos pelas esquinas da cidade, divulgando os filmes da semana. Esmerava-se, sobretudo, em copiar a grafia dos nomes corretos dos artistas estrangeiros, gabando-se de tal habilidade.

Maminho: Rapaz excepcional que morava com os pais no casarão que existia na esquina das ruas 9 de Julho e Rui Barbosa. Era baixo, gordo, atarracado, calvo e ficava na janela do casarão, vendo o movimento da rua. Por vezes, tomado de certa irritação, cuspia ou jogava objetos nas pessoas que passavam pela calçada.

Minhocão: Seu nome verdadeiro é Lázaro Imperatto. Morador de Salto há muito tempo, é vendedor de algodão-doce e tem hoje por volta de 75 anos. Figura folclórica da cidade, Minhocão anda pelas ruas equilibrando a sua vara de algodão doce, com a qual executa diversos tipos de malabarismo para alegrar as crianças e fregueses, hoje com menos habilidade, por conta da idade avançada. Afirma de que foi o inventor do famoso sorvetão de Itu. Chegou a participar do Programa do Chacrinha, na rede Globo.

Zé do Algodão Doce: milita no mesmo ofício de Minhocão, com o diferencial de “promover eventos” e ter alguns CDs de música gravados em sua própria homenagem, os quais são por ele vendidos a cinco reais pelas ruas centrais de Salto.

Anselmo Duarte

Anselmo Duarte Bento (Salto, 21 de abril de 1920 — São Paulo, 7 de novembro de 2009) foi um ator, roteirista e cineasta brasileiro. Ganhou a Palma de Ouro e o Prêmio Especial do Júri no Festival de Cannes em 1962 com O Pagador de Promessas, filme que também concorreu ao Oscar melhor filme estrangeiro. Também dirigiu outros clássicos do cinema nacional, como Absolutamente Certo e Vereda da Salvação, mas, devido a divergências ideológicas com a turma do Cinema Novo, sua carreira entrou em declínio.
Em 1979, fez uma participação especial na telenovela Feijão Maravilha.
Membro do júri do Festival de Cannes em 1971, Duarte morreu devido a complicações decorrentes de um acidente vascular cerebral, o terceiro que o acometeu, em 7 de novembro de 2009.


Atuação no cinema (a - ator; d – diretor; r – roteirista)

- Brasa Adormecida (1987) .... Sampaio Barroso (a)
- Tensão no Rio (1982) (a)
- O Caçador de Esmeraldas (1979) (r)
- Os Trombadinhas (1979) (d)
- Embalos Alucinantes (1978) .... Filipe (a)
- Paranóia (1977) .... Marcelo Riccelli (a)
- O Crime do Zé Bigorna (1977) (d, r)
- Já Não Se Faz Amor como Antigamente (1976) .... Atílio (a, d, r)
- Ninguém Segura Essas Mulheres (1976) (a, d, r)
- A Casa das Tentações (1975) (a)
- A Noiva da Noite (1974) (a)
- O Marginal (1974) (a)
- O Descarte (1973) (d, r)
- Independência ou Morte (1972) .... Gonçalves Ledo (a, r)
- Um Certo Capitão Rodrigo (1971) (d, r)
- O Impossível Acontece (1969) (d, r)
- Quelé do Pajeú (1969) (d, r)
- A Madona de Cedro (1968) .... Adriano Mourão (a)
- Juventude e Ternura (1968) .... Estênio (a)
- O Caso dos Irmãos Naves (1967) .... comissário (a)
- A Espiã Que Entrou em Fria (1967) (a)
- Vereda de Salvação (1964) (d, r)
- O Pagador de Promessas (1962) (d, r)
- As Pupilas do Senhor Reitor (1961) .... Daniel (a, r)
- Un rayo de luz (1960) (a)
- O Cantor e o Milionário (1958) .... Tito Lívio (a)
- Absolutamente Certo (1957) .... Zé do Lino (d, r, a)
- Arara Vermelha (1957) (a)
- Depois Eu Conto (1956) .... Zé da Bomba (a, r)
- O Diamante (1956) (a)
- Carnaval em Marte (1955) .... Ricardo (a, r)
- Sinfonia Carioca (1955) .... Ricardo (a)
- Sinhá Moça (1953) .... Rodrigo (a)
- Veneno (1952) .... Hugo (a)
- Apassionata (1952) .... Pedro (a)
- Tico-Tico no Fubá (1952) .... Zequinha de Abreu (a)
- Amei um Bicheiro (1952) (r, não creditado)
- Maior Que o Ódio (1951) (a)
- Aviso aos Navegantes (1950) .... Alberto (a)
- A Sombra da Outra (1950) (a)
- Pinguinho de Gente (1949) .... Luís Antônio (a)
- O Caçula do Barulho (1949) (a)
- Carnaval no Fogo (1949) .... Ricardo (a, r)
- Terra Violenta (1948) .... Carlos (a)
- Inconfidência Mineira (1948) (a)
- Querida Susana (1947) (a)
- Não Me Digas Adeus (1947) (a)

Prêmios, indicações e homenagens

- Foi homenageado com um Grande Centro de Educação e Cultura (CEC) em Salto, "Tributo a Anselmo Duarte" (2009).
- Convidado especial Palma de Ouro do 50º Aniversário do Festival de Cannes, na França (1997).
- O pagador de promessas ganha cinco prêmios internacionais, com destaque para a Palma de Ouro em Cannes, França (1962).
- Melhor Ator, por Um pinguinho de gente, Prêmio "Revista A Cena Muda", Rio de Janeiro (1949)

Dicas para turistas em nossa cidade


1. Visitar os pontos turísticos durante o dia, pois você poderá apreciar melhor a vista.
2. Andar acompanhado pela cidade, para que sua visita possa ser mais prazerosa.
3. Respeitar os costumes dos cidadãos.
4. Guardar bem objetos de valor, para que não sejam perdidos.
5. Experimentar a empada frita, produto culinário típico de Salto (uma delícia!).
6. Conhecer o artesanato da cidade.
7. Se tiver dúvidas, vá a um lugar especializado.
8. Disfrute e divirta-se!