quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Pontos turíticos

COMPLEXO DA CACHOEIRA
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Um dos mais antigos atrativos turísticos do Estado de São Paulo foi revitalizado e devolvido à população. Devido às intervenções, turistas e moradores voltaram a desfrutar desse patrimônio arquitetônico e paisagístico de grande valor histórico, que faz parte do Roteiro dos Bandeirantes. O local abriga também o Memorial do Rio Tietê, o mais completo museu voltado ao rio.
Formada entre 65 e 30 milhões de anos, a cachoeira do complexo é a maior queda d’água no leito do rio Tietê. Batizada pelos índios guaianazes de Ytu-Guaçu, que em português significa Salto Grande, a cachoeira deu origem ao nome da cidade. No seu entorno, reúne um conjunto de atrativos como o Memorial do Rio Tietê, a Ponte Pênsil, o Mirante, a antiga Brasital, o Caminho das Esculturas, o Jardim e a Ilha dos Amores e a Concha Acústica.
A partir da década de 70, o complexo sofreu as conseqüências do deslocamento do eixo econômico do município para outras áreas, do vandalismo e do desgaste natural.

A revitalização
Para recuperar o espaço, a Prefeitura de Salto investiu cerca de R$ 1 milhão e contou com o aporte de R$ 800 mil da Petrobrás, por meio da Associação Cultural de Salto. As obras duraram cerca de dois anos.
Entre as atrações que passaram por intervenções está a pequena Ilha dos Amores, um recanto poético e romântico localizado logo acima da cachoeira. A ilha recebeu esse nome porque no passado muitos casais tinham o hábito de permanecer ali para namorar.
Memorial do Rio Tietê, um completo museu sobre o rio, ocupa o prédio onde, até o início dos anos 70, funcionava o Restaurante do Salto. Em uma ampla parede de vidro com 18 metros de extensão, o mapa do Tietê é reproduzido, da nascente à foz. Além disso, os vidros permitem uma visão privilegiada da cachoeira e da mata ciliar ao entorno. Durante a visita, painéis, monitores de computador e vídeos permitem que se faça uma viagem didática e envolvente pelo universo do rio. Há ainda um pequeno auditório no qual é possível assistir a um documentário de 30 minutos sobre o Tietê. Ao lado do memorial, foi construído um charmoso café com deck voltado para a cachoeira e, acima, o amplo Mirante foi recuperado.
Há também a centenária Ponte Pênsil, que, como os outros monumentos, foi revitalizada. Construída em 1913 para recuperar o acesso dos pescadores ao rio, ela balança sobre a margem direita do Tietê.
Do outro lado da ponte há o Caminho das Esculturas. Ali, é possível apreciar seis obras do escultor Murilo Sá de Toledo, em tamanho natural. As esculturas representam os personagens que ao longo dos séculos contemplaram o rio e a cachoeira. São eles: o índio, o bandeirante, o padre José de Anchieta, o viajante, pescador e operária. Ao longo do caminho, em meio aos jardins, painéis oferecem informações sobre cada um desses tipos humanos, o que possibilita uma aula de história ao ar livre.
Deste ponto, o visitante também pode avistar imponentes prédios que abrigaram as primeiras tecelagens de São Paulo, a antiga Brasiltal, onde hoje funciona um centro universitário.
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MUSEU

A sede está instalada no prédio construído em 1903 pela Sociedade Italiana Giuseppe Verdi. Seu acervo exibe urnas funerárias indígenas (igaçabas), pontas de flechas, maquinário das primeiras tecelagens, peças do cotidiano da cidade no início do século XX e outros objetos ligados à presença dos imigrantes italianos. Trata-se de um museu-percurso, estendendo-se pela cidade através de dois Parques (Lavras e Rocha Moutonnée) e outros pontos de referência distribuídos pelo município. .
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PARQUE DAS LAVRAS
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Lavras foi a segunda Usina Hidrelétrica construída no leito do Rio Tietê (1906). Inserida no processo de modernização do Estado de São Paulo, ela oferece uma leitura da época em que foi construída. A racionalidade e a simplicidade determinaram a utilização do granito róseo. Apesar da estética não intencional, o resultado configurou-se num belíssimo patrimônio.
Cerca de 40 anos depois de desativada a Usina, toda a área foi revitalizada através da implantação do Parque, que inclui o conjunto de edificações e uma extensa área verde dedicada ao lazer e à educação ambiental. Destaques para o Relógio Solar e Jardim das Bromélias. O Parque de Lavras, com cerca de 140 mil metros quadrados de área, compõe um dos núcleos externos do Museu da Cidade de Salto, devolvendo à cidade um memorável resgate histórico e paisagístico, além de proporcionar lazer, reflexão acerca da preservação do meio ambiente e o apelo à recuperação da vida do Rio Tietê.
No interior do Museu encontra-se a “criatura”, obra das artistas plásticas saltenses Iriana Scalet Roque e Sueli Bernadochi, elaborada com lixo retirado do Tietê e que tem a intenção de fixar, em especial nas crianças, que a questão da poluição das águas é algo que se relaciona com a própria sobrevivência humana neste planeta.
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PARQUE DO LAGO
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Com cerca de 214.000 metros quadrados, dos quais 75.100 são ocupados por um lago natural, o Parque está localizado também às margens do Rio Tietê, com entrada próxima ao entroncamento da Rodovia do Açúcar com a Rodovia Santos Dumont. O Parque do Lago tem como características principais a possibilidade da prática de esportes ao ar livre, lazer e preservação da flora e fauna típicas. Conta ainda com pista de Cooper, ciclovia, pista de aeromodelismo, quadras, play-ground, além de estacionamento e lanchonete.
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PARQUE DA ROCHA MONTONNÉE
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A Rocha Moutonnée é um granito róseo de idade estimada, cientificamente, em 500 milhões de anos. O nome Moutonnée é internacionalmente atribuído ao tipo de rocha que possui formato arredondado, lembrando um carneiro deitado (mouton, no francês, significa carneiro; moutonnée: acarneirada). As arranhaduras e estrias, produzidas durante a glaciação na era paleozóica (há 270 milhões de anos), são visíveis em sua superfície, comprovando este fenômeno da natureza e preservando seu valor geo-histórico.
O Parque Rocha Moutonnée, com 43.338 metros quadrados de área, é o primeiro parque ecológico e geo-histórico do continente, e conta com completa estrutura para o estudo e para o lazer. Foi tombado em 1990 pelo CONDEPHAAT (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico e Artístico do Estado de São Paulo).
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MONUMENTO À FUNDAÇÃO
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Em 16 de junho de 1698, o Capitão Antônio Vieira Tavares e sua mulher, dona Maria Leite, fizeram benzer, pelo padre Felipe de Campos, a capela dedicada a Nossa Senhora do Monte Serrat, erguida em seu Sítio Cachoeira. As terras, mais tardes doadas pelo casal à capela, viera a constituir o território de Salto.
À memória dos fundadores e de sua iniciativa ergueu-se o monumento de um grupo de cinco estátuas, criadas pelo escultor Murilo Sá Toledo, como expressão do respeito e da gratidão do povo da cidade de Salto.
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PRAÇA DO GRANITO
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Inaugurada em 21 de abril de 2007, é o elo entre o monumento à Padroeira e o Parque de Lavras. Abriga a nova portaria do Parque de Lavras. É uma homenagem aos canteiros (cortadores de pedra), que foi uma atividade intensa na cidade na primeira metade do século XX, e também mostra um pouco dos vários tipos de granito róseo que podem ser encontrados em nossa cidade.
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MONUMENTO À PADROEIRA
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Com 30 metros de altura em concreto armado, o Monumento à Padroeira foi edificado em homenagem a Nossa Senhora do Monte Serrat. É o maior monumento a Maria em todo o mundo e, no Brasil, só é menor que o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro. A imagem da ponta da cruz aos pés tem 17 metros, a base tem 5,50 metros e a rampa de acesso conta com 7,50 metros, totalizando 30 metros.
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IGREJA MATRIZ NOSSA SENHORA DO MONTE SERRAT
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Construída em 1936, ocupa o lugar onde existia a capela de 1698, que foi edificada pelo Capitão Antonio Vieira Tavares, dando origem à cidade de Salto.
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PRAÇA XV DE NOVEMBRO
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Inaugurada em 16 de junho de 1968, é uma das praças mais movimentadas da cidade. É um ponto de encontro de pessoas de todas as idades.
*Segundo os cidadãos, antes de virar praça, havia no local um cemitério. (UHUHLLL!!!)
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AVENIDA DOM PEDRO II (Convívio de Dom Pedro II)
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É uma das principais ruas comerciais da cidade e também o ponto de encontro de jovens e famílias nas noites e finais de semana, principalmente no verão. Conta com sorveterias, lanchonetes e restaurantes, formando um clima agradável para encontrar amigos e desfrutar de momentos de lazer. Foi inaugurada em dezembro de 1991.
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ESCOLA ESTADUAL TRANCREDO DO AMARAL
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Por meio de um decreto de 20 de outubro de 1913, Salto passava a contar oficialmente, com o primeiro Grupo Escolar, com a anexação de oito escolas isoladas e criando-se mais duas classes. O início de seu funcionamento deu-se no dia 28 do mesmo mês, embora a inauguração oficial só viesse a acontecer no ano seguinte. Todavia, só em 21 de abril de 1932, o vestuto casarão da Av. D. Pedro II, receberia o nome de “Grupo Escola Professor Tancredo do Amaral”, uma justa homenagem a um dos primeiros professores de Salto. Antes disso, por algum tempo foi também conhecido pelo nome de Grupo Escolar “João Pessoa”. É um patrimônio tombado pelo CONDEPHAAT em 30 de dezembro de 2002.
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PRAÇA ANTONIO VIEIRA TAVARES
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Era conhecida como Pátio da Igreja. Em 28 de maio de 1934, tomou o nome atual. Pertence ao núcleo inicial da Povoação de Salto da última década do século XVII. A demora da cidade em homenagear o seu fundador se deve ao fato de que, até as primeiras décadas do século XX, ninguém sabia ao certo quem era ele, além da dúvida de que o povoado surgira naturalmente com o agrupamento indiscriminado de gente vinda da vizinhança e de índios que habitavam a região. Livros “tombo” de igrejas serviram para desvendar esse quase mistério. Está localizada no marco zero da cidade, em frente à Igreja Matriz e do prédio da antiga fábrica Brasital.
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PRÉDIO DA ANTIGA FÁBRICA BRASITAL
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O prédio da Brasital tem estilo arquitetônico inglês, baseado em castelos medievais, tendo sido usado em sua construção o Granito Salto, o granito róseo típico de nossa região. No início do século XIX, Salto vivia basicamente da agricultura, pesca e pecuária. Na metade do século XIX, com o surgimento da ferrovia (1873), começaram a surgir as primeiras indústrias têxteis, a Júpiter e a Fortuna. Em 1904, a Júpiter e a Fortuna foram compradas pela Sociedade Ítalo-Americana.
O complexo passou a chamar-se Brasital em 1919 (o nome Brasital é a junção de Brasil e Itália). A Brasital empregou muitos imigrantes italianos e também saltenses. Na época, Salto tinha 5000 habitantes, sendo que 1300 trabalhavam na Brasital.A Brasital também foi conhecida como “mãe dos saltenses” por conceder muitos benefícios à cidade como: empregos, casas para funcionários, cooperativa, creche e convênio médico. Em 1981, a Brasital foi vendida para o Grupo Santista que atuou em Salto por mais 14 anos e em 1995 a Santista encerrou suas atividades em Salto. Em 2000 o prédio foi comprado por um centro universitário.
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MONUMENTO AOS IMIGRANTES
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Em dezembro de 1991, juntamente com o Convívio D. Pedro II foi inaugurado o Monumento aos Imigrantes. A obra, de autoria de Dionício José Manoel Freire, presta homenagem aos imigrantes europeus, principalmente os italianos, que marcaram o panorama social e cultural da cidade.

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